domingo, 11 de janeiro de 2009

Storyline, argumento, roteiro literário e roteiro técnico (ufa!)

Pois é, tivemos que fazer tudo isso durante a pré-produção do curta. Como a idéia original é minha e todos já devem ter percebido que gosto de escrever (sério?!! ninguém tinha reparado...), coube a mim a tarefa de produzir esse material.

O storyline foi fácil. Ele representa o resumo do filme em poucas frases. Com princípio, meio e fim. Já tinha a história na cabeça, então, foi só botar no papel.

"De debaixo da cama de um menino, surgem tentáculos que parecem querer pegar para si tudo o que encontram pelo quarto. Enfrentando o seu medo, o menino consegue desenvolver uma amizade improvável com o monstro."

O argumento também foi tranquilo. Nessa etapa a idéia é desenvolvida, mostrando os personagens, o local onde estão, como a trama se desenrola. É como ler um texto curto, ágil e ainda sem detalhes de linguagem cinematográfica.

Aí, veio o roteiro literário. Começou a complicar. Nessa parte o argumento já tem que ser dividido em cenas; os diálogos já aparecem; e toda a ação, cenários e conflitos devem ser descritos e caracterizados pensando-se num filme, isto é, nessa etapa a história começa a ser adaptada para o meio a que se destina: a tela. Além do mais, o roteiro tem uma sintaxe e uma padronização específica às quais não estamos acostumados.

Com o primeiro tratamento do roteiro literário pronto, tivemos discussões interessantes no grupo: características do Caio e do monstro, detalhes da ação do Caio antes do monstro aparecer, formas de mostrar a passagem do tempo... Foi muito legal e gerou mais duas versões do roteiro.

Então, veio o roteiro técnico. Aí, você pensa: não vai dar!!! Porque é nessa hora que fazemos a decupagem, que até então para mim era apenas uma técnica de artesanato, do roteiro literário. Isso foi muito, mas muito difícil mesmo. Na decupagem são especificados os movimentos de câmera, seu enquadramento, o tempo de cada plano, os sons... Ou seja, tudo que é relevante ao ato da filmagem ou, no nosso caso, da animação. E ter a história na cabeça não é suficiente para conseguir fazer um bom roteiro técnico, pois essa etapa define a dinâmica do filme e saber fazer isso requer uma série de outras habilidades.

Mas, saiu!!! E com esse roteiro técnico nós temos uma base bem legal para começar a brincar de dirigir um curta. Sem isso, o processo seria caótico...

2 comentários:

  1. Confesso que a maior dificuldade que tive foi trabalhar em equipe. Achava que se estivesse sozinha o problema estava resolvido. Foi maravilhoso quando vi minha idéia crescer e se desenvolver de forma inimaginável. Do story line até o roteiro sua estória pode virar outra.

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    1. Verdade! Trabalhar em equipe para uma ideia funcionar é muito difícil. Também acredito que sozinha tudo teria sido menos estressante para mim.

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